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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Correção Necessária-Marcílio F. da Costa Pereira

 

Índice do Blog 

Prezados irmãos leitores do Blog União Fraterna.

Com as Graças de Deus houve a insistência do Sr. Fernando Guimarães, que vem a ser o coordenador maior do Terreiro do Pai Maneco (Curitiba\PR) em me convencer a criar essa ferramenta de divulgação. E se não o fiz antes, foi pelo fato de julgar que um trabalho desse porte deve ter a ação orientadora de uma Casa Religiosa para que apenas informações corretas e benéficas possam conter e ser divulgada através um canal de informação tão poderoso, como é a Internet. Apesar de tê-lo feito, o fiz solicitando ao Sr. Fernando Guimarães e, posteriormente, a própria FEB, essa orientação necessária. Inclusive, referente à Federação Espírita Brasileira, entreguei também os meios de acesso a postagens.

Através de contato com os leitores dos trabalhos publicados aqui, muitos apresentaram dúvidas entre o que é apresentado nesse blog e o que em outros meios de informações estão contidos. Chegando a questionarem sobre a seriedade do trabalho realizado pela Federação Espírita Brasileira. O que, através de contato particular e agora, em público. Mais uma vez eu repito:

O trabalho de divulgação da Doutrina Espírita através da FEB, inquestionavelmente, é de grande importância e correção. Razão de nesse blog apenas existirem postagens de livros que sabemos que a FEB concorda plenamente com o conteúdo existente em cada um dos livros analisados para publicação no blog. O fato do eminente espírita, o Sr. Pedro Franco Barbosa, ter no iniciar do século passado, erradamente, efetuado considerações e publicado através da Federação Espírita Brasileira que não são a verdade da Religião Umbanda. Em momento algum é a FEB merecedora de menor respeito e credibilidade por seu trabalho meritório e impecável como divulgadora da Doutrina Espírita no Brasil.

Exatamente por esse respeito é que devido a esse falha entrei em contato com representantes da Federação Espírita, apresentando a discordância entre o que foi publicado na década de 20 do século passado, com a verdadeira história e formação da Umbanda. E nesse momento efetua-se na FEB um estudo sobre o material que levei para ser analisado.

Devido as falhas graves existente no livro do Sr. Pedro Franco Barbosa, quando ele aborda EXCLUSIVAMENTE sobre a matéria Umbanda. Recomenda-se que sobre esse assunto não se leia. Mas sem dúvida alguma TODOS os demais livros publicados pela FEB são de grandiosa e imensurável serventia para o nosso desenvolvimento e para a divulgação da Doutrina Espírita.

Abaixo exponho a parte do livro em erro histórico e doutrinário sobre a Umbanda. Igualmente convido aos que ainda não leram conhecerem no blog as matérias que fornecem, verdadeiramente, a história da Umbanda. Por último venho igualmente dizer que nos escritos abaixo há erros doutrinários. Razão de assim que possível tanto através de publicação em forma de livro, quanto nesse blog, apresentarei como segunda parte do livro a ser publicado mas aqui já postado em sua primeira parte. A História do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda”. Bem como em: “História da Umbanda até os dias atuais...”

Para encerrar é necessário que se exponha a minha formação na Doutrina Espírita. Da qual, aliás, não sai e jamais deixarei de ser, hoje e sempre, ESPÍRITA! Se hoje divulgo e trabalho igualmente na Umbanda é pelo fato de nela encontrar serventia, como médium que sou. Bem como em sua parte doutrinária, similitudes perfeitas com as do Espiritismo.

Muito mais gostaria de nesse momento escrever sobre essa matéria. (E quem sabe, hoje mesmo encerrar a segunda parte do trabalho prometido) Contudo, não me sendo possível. Fica aqui o meu comprometimento de em poucos meses poder postar aqui a segunda parte. E nessa segunda parte será onde apresentarei os verdadeiros fundamentos da Religião Umbanda. E se me coloco a assim fazer é pelo fato, infelizmente, ainda no Brasil ou mesmo em qualquer parte do mundo não haver um sequer livro que retrate, fielmente e sem erros, sobre essa matéria.

Fiquemos todos com Deus!
Do irmão do Ideal Espírita e da Umbanda
Marcílio Franco da Costa Pereira
16/02/2011

ESSA PARTE DO LIVRO ESTÁ TOTALMENTE ERRADA!

 

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ESPIRITISMO E UMBANDA

O Espiritismo e a Umbanda são doutrinas espiritualistas, como também o judaísmo, o

catolicismo, o protestantismo, a teosofia, o rosa-cruz, o esoterismo, etc., o que não impede

de haver entre elas diferenças essenciais, que lhes dão características próprias.

A existência de Deus e a imortalidade do Espírito são verdades aceitas por todas, já a

reencarnação não o é pelo catolicismo e pelo protestantismo.

O Espiritismo e a Umbanda, adotando como prática comum a comunicação ou

manifestação dos Espíritos, já diferem do rosa-cruz, da teosofia, do esoterismo, que não

prescrevem essas práticas.

Como veremos, não se pode, por outro lado, confundir Espiritismo e Umbanda,

embora ambos aceitem a comunicação dos Espíritos e a reencarnação como pontos ou

princípios básicos.

Em livro de grande valor (“O Espiritismo e as Doutrinas Espiritualistas”), Deolindo

Amorim estudou muito bem esses aspectos doutrinários, que devemos conhecer. Sua

conclusão final é peremptória:

“O ESPIRITISMO É UMA DOUTRINA QUE SE BASTA A SI MESMA,

SEM EMPRÉSTIMOS NEM ACRÉSCIMOS ARTIFICIAIS”.

Infelizmente essa distinção não é feita , nem mesmo nos meios espíritas, quando não

se dão ao trabalho de estudar a Doutrina, sem falar na imprensa leiga que, de propósito ou

não, anuncia tudo o que ocorre nas tendas e terreiros como sendo Espiritismo.

Nunca é demais, portanto, esclarecer o assunto, até em pormenores, para que o adepto

do Espiritismo seja coerente com os princípios da Doutrina, sem que isso signifique

incompreensão ou hostilidade de nossa parte, em relação aos irmãos umbandistas, cujas

crenças, nem por isso, deixamos de respeitar. Nossa atitude tem de ser de tolerância sem

conivência ou omissão.

O Espiritismo difere da Umbanda quanto à origem, ao conteúdo doutrinário e à prática

ritual.

Quanto à origem, sabemos que Espiritismo (termo criado por Allan Kardec) designa

uma Doutrina, recebida de vários Espíritos Superiores e codificada pelo mestre lionês,na

França, no século XIX. Essa Doutrina se caracteriza por ser um conjunto de princípios, de

ordem científica, filosófica e moral, que objetiva o progresso espiritual do homem, com a

implantação da fraternidade entre todas as criaturas da Terra.

O termo Umbanda, corruptela de Mbanda, palavra bantu, que significa sacerdote ,

segundo Edson Carneiro, tem várias acepções e significações. É um sincretismo religioso,

de crenças heterogêneas, incluindo folclore, superstição, crendices, etc.

“A Umbanda é prática religiosa dos negros africanos bantos que, juntamente com os

sudaneses, foram trazidos ao Brasil como escravos. Existindo entre os negros bantos,

segundo Nina Rodrigues e Artur Ramos, o culto dos antepassados, ou a crença na

existência da alma dos mortos, os negros brasileiros fundiram esse culto com as práticas do

Catolicismo e do mediunismo, assimilando-o ao seu ritual supersticioso, daí nascendo

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então o culto banto-ameríndio da Umbanda”, conforme define João Teixeira de Paula, in

“Estudos de Espiritismo”. (Os grifos são nossos).

Os bantos habitavam o sul da África (Angola, Congo, Moçambique) e foram trazidos

para o Maranhão , Pernambuco, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. Outros negros

escravizados vieram da África Ocidental (nagôs ou iorubanos) e foram encaminhados para

a Bahia: eram mais adiantados que seus outros irmãos do continente africano.

A religião fetichista desses africanos, combinada com as crenças dos índios e

influenciada pelos rituais e santos católicos (1) , resultou, assim, na umbanda, considerada,

com razão, um sincretismo (mistura) religioso, que difere pela origem, do Espiritismo.

(1) É sabido que o Islamismo também influenciou as crenças dos africanos. O turbante, de uso na Índia,

introduzido na África, é um exemplo.

Com referência ao conteúdo doutrinário, sabemos que o Espiritismo assenta em

postulados científicos, filosóficos e éticos, o que não se dá na Umbanda, que não tem

doutrina codificada, embora seus adeptos aceitem a imortalidade da alma, a reencarnação e

a lei de ação e reação (carma), como fazem os espíritas. O sentido nitidamente material do

culto fetichista, a que se entregam, distancia muito os umbandistas dos espíritas, cuja

doutrina tende exatamente a libertar o homem das coisas materiais, das formalidades do

mundo exterior, das crendices e superstições.

Todavia, quando o umbandista começa a estudar os livros da Codificação Espírita,

vai-se libertando de muitas das práticas de sua crença, porque aumenta seu discernimento

das coisas espirituais e ele ultrapassa a fase evolutiva em que se encontra, por força do

determinismo progressivo que orienta todas as almas para cima e para o Alto.

Umbanda, portanto, não é Espiritismo, nem mesmo baixo Espiritismo, como se ouve

dizer, por desconhecimento, porque Espiritismo é um só. É ou não é.

Quanto à prática ritual, a Umbanda difere essencialmente do Espiritismo, porque

aquela atua no plano da Natureza e este no do pensamento, pois que só o Espírito conta,

realmente. Aliás, o Espiritismo não tem ritual de nenhuma espécie, pois não admite corpo

sacerdotal hierarquizado ou não; cerimônias (batizados, casamentos e quaisquer outras);

não se utiliza de fórmulas, invocações, ou promessas de qualquer natureza; repele a

adoração de imagens, símbolos, amuletos; rejeita crendices e superstições e não admite

pagamento pela prestação de assistência espiritual ou de qualquer auxilio, que conceda aos

necessitados.(Veja-se o artigo “Esclarecendo Dúvidas).

Em resumo, na Quimbanda há pura magia negra, sem resquício de doutrina; na

Umbanda, há prática ritualista sem doutrina específica, resultado da mistura ou fusão

(sincretismo) de princípios de várias religiões ou crenças, seja a dos africanos, dos índios

ou do catolicismo; no Espiritismo há doutrina codificada, que se distribui,

harmonicamente, em filosofia, ciência e religião.

Esta obra procura reunir ensinamentos esparsos, úteis ao espírita que, desejando

estudar e conhecer, não dispõe de dinheiro e tempo para adquirir muitos livros e lê-los

todos. Por isso, vamos dar aqui, resumidamente, os elementos necessários â melhor

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compreensão do que seja a Umbanda, o que permitirá um julgamento mais autorizado das

diferenças entre ela e o Espiritismo.

A Umbanda agrupa as entidades espirituais, com que trabalha, em 7 linhas de

espíritos, ou legiões,divididas em falanges, com seus respectivos chefes:

PRIMEIRA – dos ORIXÁS (santos), cujo chefe é JESUS, que chamam de OXALÁ.

Entre os iorubás havia a crença em OLORUM, divindade suprema, DEUS, que devia ter

sua corte, como os reis da Terra, daí nascerem os ORIXÁS, que viviam na Terra, ao lado

dos homens, e constituíam a corte daquela divindade.

SEGUNDA – do MAR, chefiada por IEMANJÁ, que confundem com Nossa Senhora

da Conceição, à qual se subordinam as legiões de SEREIAS (de OXUM, ou Santa Ana), de

ONDINAS (de Nana, mãe dos espíritos de Umbanda) de CABOCLAS DO MAR

(chefiadas por INDAIÁ) e das CABOCLAS DO RIO (chefiadas por IARA).

TERCEIRA – do ORIENTE (ou da magia) chefiada por João Batista (XANGÔ

AGODÔ), que preside à astrologia, com a legião de KABALA, cujo mestre é José de

Arimatéia.

QUARTA – de OXOSSI, ou São Sebastião, chefe das matas, dos caçadores, Senhor

das Florestas, com as legiões de caboclos: 7 Encruzilhadas, Rompe Mato, Jurema.

QUINTA – de XANGÔ, ou São Jerônimo, santo advogado, que faz justiça, deus do

raio e do trovão, com a legião de INHAÇÃ (Santa Bárbara).

SEXTA – de OGUM (São Jorge, o santo guerreiro, que resolve as demandas).

SÉTIMA – AFRICANA, chefiada por São Cipriano, com suas legiões de pretos

velhos: Pai Jerônimo, de Angola, Cabinda, Pai João, Pai José, etc.

Na Quimbanda, mais atrasada, que se dedica à magia negra, há outra linhas, como a

das almas, chefiadas por OMOLU (S. Lázaro) a das caveiras,de nagô, dos

quimbandeiros. É o Candomblé, a festa dos terreiros.

No Brasil, os negros africanos eram jogados na lavoura e os chefes religiosos

misturavam-se com os mais humildes servidores, todos sofrendo na carne as torturas do

tronco ou a chibata do feitor. Forçados a assistir aos atos religiosos católicos, foram

induzidos por ignorância a trocar os símbolos de sua fé, por outros, mais sugestivos e

artísticos. Em pouco, não havia solução de continuidade nas crenças, e passaram a vêr nos

santos católicos seus próprios orixás.

Coisa semelhante se deu com as crenças religiosas dos índios, com seus pajés e

feiticeiros, cuja influência se faria sentir, também, na liturgia africana. Daí o duplo

sincretismo.

Os negros adotaram santos católicos que condiziam com suas crenças naturais, e

assim JESUS era OXALÁ, o maior dos ORIXÁS; IEMANJÁ era Nossa Senhora, etc. Da

mesma forma o demônio era EXU.

Hoje os umbandistas, justificam o uso da cachaça com o do vinho dos católicos; de

defumadores com o incenso das missas; da comida dos ORIXÁS, chamada amalá, com a

hóstia; dos tocos com as velas; dos despachos com as promessas; dos pontos cantados com

os hinos e cantorias da Igreja; dos pontos riscados com os símbolos cristãos; das nunangas

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(vestes especiais) com os paramentos da liturgia católica; das mirongas (segredos) com os

mistérios e dogmas; o dinheiro dos despachos com as taxas cobradas pela igreja.

O mediunismo, ou seja, a prática da mediunidade sem disciplina, desviada quase

sempre de suas verdadeiras finalidades, caracteriza as atividades da Umbanda, cujos

médiuns são chamados cavalos e se utilizam do marafo (cachaça), da marambia (cerveja),

do fumo de rolo.

Os pontos riscados são feitos com a pemba (giz) e cada um se refere a determinada

entidade (branco, pretos-velhos; amarelo, Oxossi; azul, Iemanjá, etc.). Os desenhos são

feitos dentro de círculos; a cruz, um coração, e a âncora representam a linha de OXALÁ

(JESUS); caboclos (índios) são representados por flechas; OGUM por espadas; EXU por

punhais ou caveiras.

No simbolismo da Umbanda, flechas de ponta para cima indicam submissão a forças

superiores, para baixo significam domínio e as horizontais, neutralidade; a cruz indica luz

espiritual; a linha reta, a justiça; a linha curva, a sabedoria de DEUS; o triângulo, a

libertação; a meia-lua é o oriente.

Babalaô ou Babalorixá é pai de santo, chefe na hierarquia terrena e conta com

auxiliares, os ogans e cambonos, filhos, e as sambas, filhas. Médium, quando recebe EXU,

chama-se burro; o altar, que se enfeita de imagens, colares, como os da Igreja, é o congá

ou peji. O tambor é o atabaque e há amuletos, objetos que afastam quebrantos, e patuás,

orações costuradas em pano preto e penduradas no pescoço.

Na Umbanda visa-se à identificação da entidade comunicante, não importando muito

seu conteúdo. A disciplina importa pouco. Daí, sem dúvida, o desenvolvimento mais

demorado do médium espírita, que não visa a movimentos desordenados, mas à sintonia

espiritual com as entidades de luz, cujas lições deseja receber, conhecer e estudar. As

entidades comunicantes agem à vontade nos terreiros e tendas, como se a disciplina não

fosse a grande força reguladora da vida. O médium espírita é controlado, buscando

aprimorar seus conhecimentos, a fim de que possa obter mensagens construtivas, de

elevado conteúdo moral.

Entretanto, a Umbanda satisfaz a uma faixa de irmãos ainda não preparada para vôos

mais altos nas amplidões da Espiritualidade, porque, como se diz, há tempo para tudo: para

plantar e para colher. Há quem assinala que a Umbanda é necessária, talvez como ponte

para aquele que, saindo da claridade de sua igreja, com todo o cortejo de seus santos e seus

rituais, não poderia desde logo penetrar os templos espíritas, onde apenas se cultua o

espírito, como a única e verdadeira realidade. Passando pela Umbanda, onde se mistura

muito das coisas materiais com alguma coisa das espirituais, eles se sentirão melhor e um

dia, por evolução natural, serão adeptos esclarecidos da Terceira Revelação.

Todavia, não é possível misturar: ou somos espíritas ou somos umbandistas, cujas

crenças devemos respeitar, por espírito de tolerância, nunca, porém, de conivência.

Falando de nossos irmãos africanos, cuja liberdade obtiveram pela Lei Áurea de 13 de

maio de 1888, o Espírito Jose Inácio Silveira da Mota, que foi senador do 2º. Império e

ardoroso abolicionista, assim se expressou:

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“(...) a liberdade,não lhes atingiu de todo a vida espiritual, porque, ainda hoje,

abertas as portas do intercambio entre os dois mundos, ei-los, de novo, atraídos e

engodados nas múltiplas linhas do fenômeno psíquico, para continuarem na posição de

elemento servil. Abusa-se-lhes da ingenuidade, pede-se-lhes o concurso na magia

deprimente, zurze-se-lhes o coração com exigências desprezíveis e suga-se-lhes o seio...

Espíritas do Brasil, pregoeiros da fé renovadora, quando em contacto com os

desencarnados, que ainda se ligam ao mundo africano, por força de estágio evolutivo,

olvidai a paixão escravagista, deles aprendendo a abnegação e a humildade e ajudandoos,

em troca, a subir para mais altas formas de educação. Manter o cativeiro do corpo ou

da alma é falta grave, pela qual responderemos, um dia, nos tribunais celestes”.(Em

“Vozes do Grande Além”).

Incumbe-nos, portanto, em nos conservando fiéis aos ensinamentos maiores,

transmitidos da Espiritualidade, contidos na Doutrina Espírita, aproveitar todas as

oportunidades, que tivermos, para esclarecer os irmãos ainda afeiçoados a práticas e

vivências não referendadas pelo Evangelho de Jesus, sejam eles encarnados ou

desencarnados.

A propósito, são oportunas estas palavras de um grande conhecedor da Doutrina

Espírita:

“Já tivemos ocasião de afirmar várias vezes, que não há outro Espiritismo senão o

codificado por Allan Kardec, o que está contido em “O Livro dos Espíritos” e nas demais

obras da Codificação; não há baixo nem alto Espiritismo, não há Espiritismo kardecista (ou

de mesa) e Espiritismo de terreiro, e sim Espiritismo, unicamente Espiritismo.

O uso de tais expressões dará idéia de que há mais de uma doutrina espírita, o que

seria absurdo, pois Espiritismo é um só, e esta palavra deve ser defendida das deturpações

inconscientes ou intencionais. A palavra ESPIRITISMO criou-a Kardec sob a assistência

do Espírito da Verdade.

Quando dizemos ESPIRITISMO, dizemos – ensino dos Espíritos Superiores. Não há

outro Espiritismo, e a doutrina designada por esta palavra está inteira na codificação

kardequiana. E podemos concluir, como Deolindo Amorim: – “O Espiritismo é uma

doutrina que se basta a si mesma, sem empréstimos nem acréscimos artificiais”.

Empunhemos, pois, esta palavra como um archote, em meio às trevas da ignorância e

do erro. E não permitamos que a deturpem, porque ela é luz em nosso caminho”. – General

Milton O’Reilly de Souza.

Pedro Franco Barbosa, em o livro “Espiritismo Básico”.

FIM.