Prezados irmãos leitores do Blog União Fraterna.
Com as Graças de Deus houve a insistência do Sr. Fernando Guimarães, que vem a ser o coordenador maior do Terreiro do Pai Maneco (Curitiba\PR) em me convencer a criar essa ferramenta de divulgação. E se não o fiz antes, foi pelo fato de julgar que um trabalho desse porte deve ter a ação orientadora de uma Casa Religiosa para que apenas informações corretas e benéficas possam conter e ser divulgada através um canal de informação tão poderoso, como é a Internet. Apesar de tê-lo feito, o fiz solicitando ao Sr. Fernando Guimarães e, posteriormente, a própria FEB, essa orientação necessária. Inclusive, referente à Federação Espírita Brasileira, entreguei também os meios de acesso a postagens.
Através de contato com os leitores dos trabalhos publicados aqui, muitos apresentaram dúvidas entre o que é apresentado nesse blog e o que em outros meios de informações estão contidos. Chegando a questionarem sobre a seriedade do trabalho realizado pela Federação Espírita Brasileira. O que, através de contato particular e agora, em público. Mais uma vez eu repito:
O trabalho de divulgação da Doutrina Espírita através da FEB, inquestionavelmente, é de grande importância e correção. Razão de nesse blog apenas existirem postagens de livros que sabemos que a FEB concorda plenamente com o conteúdo existente em cada um dos livros analisados para publicação no blog. O fato do eminente espírita, o Sr. Pedro Franco Barbosa, ter no iniciar do século passado, erradamente, efetuado considerações e publicado através da Federação Espírita Brasileira que não são a verdade da Religião Umbanda. Em momento algum é a FEB merecedora de menor respeito e credibilidade por seu trabalho meritório e impecável como divulgadora da Doutrina Espírita no Brasil.
Exatamente por esse respeito é que devido a esse falha entrei em contato com representantes da Federação Espírita, apresentando a discordância entre o que foi publicado na década de 20 do século passado, com a verdadeira história e formação da Umbanda. E nesse momento efetua-se na FEB um estudo sobre o material que levei para ser analisado.
Devido as falhas graves existente no livro do Sr. Pedro Franco Barbosa, quando ele aborda EXCLUSIVAMENTE sobre a matéria Umbanda. Recomenda-se que sobre esse assunto não se leia. Mas sem dúvida alguma TODOS os demais livros publicados pela FEB são de grandiosa e imensurável serventia para o nosso desenvolvimento e para a divulgação da Doutrina Espírita.
Abaixo exponho a parte do livro em erro histórico e doutrinário sobre a Umbanda. Igualmente convido aos que ainda não leram conhecerem no blog as matérias que fornecem, verdadeiramente, a história da Umbanda. Por último venho igualmente dizer que nos escritos abaixo há erros doutrinários. Razão de assim que possível tanto através de publicação em forma de livro, quanto nesse blog, apresentarei como segunda parte do livro a ser publicado mas aqui já postado em sua primeira parte. “A História do Cristianismo até o Espiritismo e a Umbanda”. Bem como em: “História da Umbanda até os dias atuais...”
Para encerrar é necessário que se exponha a minha formação na Doutrina Espírita. Da qual, aliás, não sai e jamais deixarei de ser, hoje e sempre, ESPÍRITA! Se hoje divulgo e trabalho igualmente na Umbanda é pelo fato de nela encontrar serventia, como médium que sou. Bem como em sua parte doutrinária, similitudes perfeitas com as do Espiritismo.
Muito mais gostaria de nesse momento escrever sobre essa matéria. (E quem sabe, hoje mesmo encerrar a segunda parte do trabalho prometido) Contudo, não me sendo possível. Fica aqui o meu comprometimento de em poucos meses poder postar aqui a segunda parte. E nessa segunda parte será onde apresentarei os verdadeiros fundamentos da Religião Umbanda. E se me coloco a assim fazer é pelo fato, infelizmente, ainda no Brasil ou mesmo em qualquer parte do mundo não haver um sequer livro que retrate, fielmente e sem erros, sobre essa matéria.
Fiquemos todos com Deus!
Do irmão do Ideal Espírita e da Umbanda
Marcílio Franco da Costa Pereira
16/02/2011
ESSA PARTE DO LIVRO ESTÁ TOTALMENTE ERRADA!
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ESPIRITISMO E UMBANDA
O Espiritismo e a Umbanda são doutrinas espiritualistas, como também o judaísmo, o
catolicismo, o protestantismo, a teosofia, o rosa-cruz, o esoterismo, etc., o que não impede
de haver entre elas diferenças essenciais, que lhes dão características próprias.
A existência de Deus e a imortalidade do Espírito são verdades aceitas por todas, já a
reencarnação não o é pelo catolicismo e pelo protestantismo.
O Espiritismo e a Umbanda, adotando como prática comum a comunicação ou
manifestação dos Espíritos, já diferem do rosa-cruz, da teosofia, do esoterismo, que não
prescrevem essas práticas.
Como veremos, não se pode, por outro lado, confundir Espiritismo e Umbanda,
embora ambos aceitem a comunicação dos Espíritos e a reencarnação como pontos ou
princípios básicos.
Em livro de grande valor (“O Espiritismo e as Doutrinas Espiritualistas”), Deolindo
Amorim estudou muito bem esses aspectos doutrinários, que devemos conhecer. Sua
conclusão final é peremptória:
“O ESPIRITISMO É UMA DOUTRINA QUE SE BASTA A SI MESMA,
SEM EMPRÉSTIMOS NEM ACRÉSCIMOS ARTIFICIAIS”.
Infelizmente essa distinção não é feita , nem mesmo nos meios espíritas, quando não
se dão ao trabalho de estudar a Doutrina, sem falar na imprensa leiga que, de propósito ou
não, anuncia tudo o que ocorre nas tendas e terreiros como sendo Espiritismo.
Nunca é demais, portanto, esclarecer o assunto, até em pormenores, para que o adepto
do Espiritismo seja coerente com os princípios da Doutrina, sem que isso signifique
incompreensão ou hostilidade de nossa parte, em relação aos irmãos umbandistas, cujas
crenças, nem por isso, deixamos de respeitar. Nossa atitude tem de ser de tolerância sem
conivência ou omissão.
O Espiritismo difere da Umbanda quanto à origem, ao conteúdo doutrinário e à prática
ritual.
Quanto à origem, sabemos que Espiritismo (termo criado por Allan Kardec) designa
uma Doutrina, recebida de vários Espíritos Superiores e codificada pelo mestre lionês,na
França, no século XIX. Essa Doutrina se caracteriza por ser um conjunto de princípios, de
ordem científica, filosófica e moral, que objetiva o progresso espiritual do homem, com a
implantação da fraternidade entre todas as criaturas da Terra.
O termo Umbanda, corruptela de Mbanda, palavra bantu, que significa sacerdote ,
segundo Edson Carneiro, tem várias acepções e significações. É um sincretismo religioso,
de crenças heterogêneas, incluindo folclore, superstição, crendices, etc.
“A Umbanda é prática religiosa dos negros africanos bantos que, juntamente com os
sudaneses, foram trazidos ao Brasil como escravos. Existindo entre os negros bantos,
segundo Nina Rodrigues e Artur Ramos, o culto dos antepassados, ou a crença na
existência da alma dos mortos, os negros brasileiros fundiram esse culto com as práticas do
Catolicismo e do mediunismo, assimilando-o ao seu ritual supersticioso, daí nascendo
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então o culto banto-ameríndio da Umbanda”, conforme define João Teixeira de Paula, in
“Estudos de Espiritismo”. (Os grifos são nossos).
Os bantos habitavam o sul da África (Angola, Congo, Moçambique) e foram trazidos
para o Maranhão , Pernambuco, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. Outros negros
escravizados vieram da África Ocidental (nagôs ou iorubanos) e foram encaminhados para
a Bahia: eram mais adiantados que seus outros irmãos do continente africano.
A religião fetichista desses africanos, combinada com as crenças dos índios e
influenciada pelos rituais e santos católicos (1) , resultou, assim, na umbanda, considerada,
com razão, um sincretismo (mistura) religioso, que difere pela origem, do Espiritismo.
(1) É sabido que o Islamismo também influenciou as crenças dos africanos. O turbante, de uso na Índia,
introduzido na África, é um exemplo.
Com referência ao conteúdo doutrinário, sabemos que o Espiritismo assenta em
postulados científicos, filosóficos e éticos, o que não se dá na Umbanda, que não tem
doutrina codificada, embora seus adeptos aceitem a imortalidade da alma, a reencarnação e
a lei de ação e reação (carma), como fazem os espíritas. O sentido nitidamente material do
culto fetichista, a que se entregam, distancia muito os umbandistas dos espíritas, cuja
doutrina tende exatamente a libertar o homem das coisas materiais, das formalidades do
mundo exterior, das crendices e superstições.
Todavia, quando o umbandista começa a estudar os livros da Codificação Espírita,
vai-se libertando de muitas das práticas de sua crença, porque aumenta seu discernimento
das coisas espirituais e ele ultrapassa a fase evolutiva em que se encontra, por força do
determinismo progressivo que orienta todas as almas para cima e para o Alto.
Umbanda, portanto, não é Espiritismo, nem mesmo baixo Espiritismo, como se ouve
dizer, por desconhecimento, porque Espiritismo é um só. É ou não é.
Quanto à prática ritual, a Umbanda difere essencialmente do Espiritismo, porque
aquela atua no plano da Natureza e este no do pensamento, pois que só o Espírito conta,
realmente. Aliás, o Espiritismo não tem ritual de nenhuma espécie, pois não admite corpo
sacerdotal hierarquizado ou não; cerimônias (batizados, casamentos e quaisquer outras);
não se utiliza de fórmulas, invocações, ou promessas de qualquer natureza; repele a
adoração de imagens, símbolos, amuletos; rejeita crendices e superstições e não admite
pagamento pela prestação de assistência espiritual ou de qualquer auxilio, que conceda aos
necessitados.(Veja-se o artigo “Esclarecendo Dúvidas).
Em resumo, na Quimbanda há pura magia negra, sem resquício de doutrina; na
Umbanda, há prática ritualista sem doutrina específica, resultado da mistura ou fusão
(sincretismo) de princípios de várias religiões ou crenças, seja a dos africanos, dos índios
ou do catolicismo; no Espiritismo há doutrina codificada, que se distribui,
harmonicamente, em filosofia, ciência e religião.
Esta obra procura reunir ensinamentos esparsos, úteis ao espírita que, desejando
estudar e conhecer, não dispõe de dinheiro e tempo para adquirir muitos livros e lê-los
todos. Por isso, vamos dar aqui, resumidamente, os elementos necessários â melhor
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compreensão do que seja a Umbanda, o que permitirá um julgamento mais autorizado das
diferenças entre ela e o Espiritismo.
A Umbanda agrupa as entidades espirituais, com que trabalha, em 7 linhas de
espíritos, ou legiões,divididas em falanges, com seus respectivos chefes:
PRIMEIRA – dos ORIXÁS (santos), cujo chefe é JESUS, que chamam de OXALÁ.
Entre os iorubás havia a crença em OLORUM, divindade suprema, DEUS, que devia ter
sua corte, como os reis da Terra, daí nascerem os ORIXÁS, que viviam na Terra, ao lado
dos homens, e constituíam a corte daquela divindade.
SEGUNDA – do MAR, chefiada por IEMANJÁ, que confundem com Nossa Senhora
da Conceição, à qual se subordinam as legiões de SEREIAS (de OXUM, ou Santa Ana), de
ONDINAS (de Nana, mãe dos espíritos de Umbanda) de CABOCLAS DO MAR
(chefiadas por INDAIÁ) e das CABOCLAS DO RIO (chefiadas por IARA).
TERCEIRA – do ORIENTE (ou da magia) chefiada por João Batista (XANGÔ
AGODÔ), que preside à astrologia, com a legião de KABALA, cujo mestre é José de
Arimatéia.
QUARTA – de OXOSSI, ou São Sebastião, chefe das matas, dos caçadores, Senhor
das Florestas, com as legiões de caboclos: 7 Encruzilhadas, Rompe Mato, Jurema.
QUINTA – de XANGÔ, ou São Jerônimo, santo advogado, que faz justiça, deus do
raio e do trovão, com a legião de INHAÇÃ (Santa Bárbara).
SEXTA – de OGUM (São Jorge, o santo guerreiro, que resolve as demandas).
SÉTIMA – AFRICANA, chefiada por São Cipriano, com suas legiões de pretos
velhos: Pai Jerônimo, de Angola, Cabinda, Pai João, Pai José, etc.
Na Quimbanda, mais atrasada, que se dedica à magia negra, há outra linhas, como a
das almas, chefiadas por OMOLU (S. Lázaro) a das caveiras,de nagô, dos
quimbandeiros. É o Candomblé, a festa dos terreiros.
No Brasil, os negros africanos eram jogados na lavoura e os chefes religiosos
misturavam-se com os mais humildes servidores, todos sofrendo na carne as torturas do
tronco ou a chibata do feitor. Forçados a assistir aos atos religiosos católicos, foram
induzidos por ignorância a trocar os símbolos de sua fé, por outros, mais sugestivos e
artísticos. Em pouco, não havia solução de continuidade nas crenças, e passaram a vêr nos
santos católicos seus próprios orixás.
Coisa semelhante se deu com as crenças religiosas dos índios, com seus pajés e
feiticeiros, cuja influência se faria sentir, também, na liturgia africana. Daí o duplo
sincretismo.
Os negros adotaram santos católicos que condiziam com suas crenças naturais, e
assim JESUS era OXALÁ, o maior dos ORIXÁS; IEMANJÁ era Nossa Senhora, etc. Da
mesma forma o demônio era EXU.
Hoje os umbandistas, justificam o uso da cachaça com o do vinho dos católicos; de
defumadores com o incenso das missas; da comida dos ORIXÁS, chamada amalá, com a
hóstia; dos tocos com as velas; dos despachos com as promessas; dos pontos cantados com
os hinos e cantorias da Igreja; dos pontos riscados com os símbolos cristãos; das nunangas
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(vestes especiais) com os paramentos da liturgia católica; das mirongas (segredos) com os
mistérios e dogmas; o dinheiro dos despachos com as taxas cobradas pela igreja.
O mediunismo, ou seja, a prática da mediunidade sem disciplina, desviada quase
sempre de suas verdadeiras finalidades, caracteriza as atividades da Umbanda, cujos
médiuns são chamados cavalos e se utilizam do marafo (cachaça), da marambia (cerveja),
do fumo de rolo.
Os pontos riscados são feitos com a pemba (giz) e cada um se refere a determinada
entidade (branco, pretos-velhos; amarelo, Oxossi; azul, Iemanjá, etc.). Os desenhos são
feitos dentro de círculos; a cruz, um coração, e a âncora representam a linha de OXALÁ
(JESUS); caboclos (índios) são representados por flechas; OGUM por espadas; EXU por
punhais ou caveiras.
No simbolismo da Umbanda, flechas de ponta para cima indicam submissão a forças
superiores, para baixo significam domínio e as horizontais, neutralidade; a cruz indica luz
espiritual; a linha reta, a justiça; a linha curva, a sabedoria de DEUS; o triângulo, a
libertação; a meia-lua é o oriente.
Babalaô ou Babalorixá é pai de santo, chefe na hierarquia terrena e conta com
auxiliares, os ogans e cambonos, filhos, e as sambas, filhas. Médium, quando recebe EXU,
chama-se burro; o altar, que se enfeita de imagens, colares, como os da Igreja, é o congá
ou peji. O tambor é o atabaque e há amuletos, objetos que afastam quebrantos, e patuás,
orações costuradas em pano preto e penduradas no pescoço.
Na Umbanda visa-se à identificação da entidade comunicante, não importando muito
seu conteúdo. A disciplina importa pouco. Daí, sem dúvida, o desenvolvimento mais
demorado do médium espírita, que não visa a movimentos desordenados, mas à sintonia
espiritual com as entidades de luz, cujas lições deseja receber, conhecer e estudar. As
entidades comunicantes agem à vontade nos terreiros e tendas, como se a disciplina não
fosse a grande força reguladora da vida. O médium espírita é controlado, buscando
aprimorar seus conhecimentos, a fim de que possa obter mensagens construtivas, de
elevado conteúdo moral.
Entretanto, a Umbanda satisfaz a uma faixa de irmãos ainda não preparada para vôos
mais altos nas amplidões da Espiritualidade, porque, como se diz, há tempo para tudo: para
plantar e para colher. Há quem assinala que a Umbanda é necessária, talvez como ponte
para aquele que, saindo da claridade de sua igreja, com todo o cortejo de seus santos e seus
rituais, não poderia desde logo penetrar os templos espíritas, onde apenas se cultua o
espírito, como a única e verdadeira realidade. Passando pela Umbanda, onde se mistura
muito das coisas materiais com alguma coisa das espirituais, eles se sentirão melhor e um
dia, por evolução natural, serão adeptos esclarecidos da Terceira Revelação.
Todavia, não é possível misturar: ou somos espíritas ou somos umbandistas, cujas
crenças devemos respeitar, por espírito de tolerância, nunca, porém, de conivência.
Falando de nossos irmãos africanos, cuja liberdade obtiveram pela Lei Áurea de 13 de
maio de 1888, o Espírito Jose Inácio Silveira da Mota, que foi senador do 2º. Império e
ardoroso abolicionista, assim se expressou:
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“(...) a liberdade,não lhes atingiu de todo a vida espiritual, porque, ainda hoje,
abertas as portas do intercambio entre os dois mundos, ei-los, de novo, atraídos e
engodados nas múltiplas linhas do fenômeno psíquico, para continuarem na posição de
elemento servil. Abusa-se-lhes da ingenuidade, pede-se-lhes o concurso na magia
deprimente, zurze-se-lhes o coração com exigências desprezíveis e suga-se-lhes o seio...
Espíritas do Brasil, pregoeiros da fé renovadora, quando em contacto com os
desencarnados, que ainda se ligam ao mundo africano, por força de estágio evolutivo,
olvidai a paixão escravagista, deles aprendendo a abnegação e a humildade e ajudandoos,
em troca, a subir para mais altas formas de educação. Manter o cativeiro do corpo ou
da alma é falta grave, pela qual responderemos, um dia, nos tribunais celestes”.(Em
“Vozes do Grande Além”).
Incumbe-nos, portanto, em nos conservando fiéis aos ensinamentos maiores,
transmitidos da Espiritualidade, contidos na Doutrina Espírita, aproveitar todas as
oportunidades, que tivermos, para esclarecer os irmãos ainda afeiçoados a práticas e
vivências não referendadas pelo Evangelho de Jesus, sejam eles encarnados ou
desencarnados.
A propósito, são oportunas estas palavras de um grande conhecedor da Doutrina
Espírita:
“Já tivemos ocasião de afirmar várias vezes, que não há outro Espiritismo senão o
codificado por Allan Kardec, o que está contido em “O Livro dos Espíritos” e nas demais
obras da Codificação; não há baixo nem alto Espiritismo, não há Espiritismo kardecista (ou
de mesa) e Espiritismo de terreiro, e sim Espiritismo, unicamente Espiritismo.
O uso de tais expressões dará idéia de que há mais de uma doutrina espírita, o que
seria absurdo, pois Espiritismo é um só, e esta palavra deve ser defendida das deturpações
inconscientes ou intencionais. A palavra ESPIRITISMO criou-a Kardec sob a assistência
do Espírito da Verdade.
Quando dizemos ESPIRITISMO, dizemos – ensino dos Espíritos Superiores. Não há
outro Espiritismo, e a doutrina designada por esta palavra está inteira na codificação
kardequiana. E podemos concluir, como Deolindo Amorim: – “O Espiritismo é uma
doutrina que se basta a si mesma, sem empréstimos nem acréscimos artificiais”.
Empunhemos, pois, esta palavra como um archote, em meio às trevas da ignorância e
do erro. E não permitamos que a deturpem, porque ela é luz em nosso caminho”. – General
Milton O’Reilly de Souza.
Pedro Franco Barbosa, em o livro “Espiritismo Básico”.
FIM.