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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Irmãos Unidos-Francisco Cândido Xavier

 

Índice do Blog 

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Irmãos Unidos

Chico Xavier

Espíritos Diversos

 

Emmanuel

Leitor Amigo.

Numerosos são os companheiros da vida física que nos endereçam perguntas, notadamente quanto à preparação das criaturas humanas para a Vida Espiritual.

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Nota-se que não desejam atingir o Mais Além, à maneira de analfabetos do Espírito.

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Acontece, porém,que nós, os amigos desencarnados, Estamos muito longe da sublimação Que caracteriza as almas angélicas.

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Reunimo-nos, no entanto,

Uns com os outros,

A fim de estudar a formulação de nossas respostas

Compatíveis com as possibilidades.

De compreensão e assimilação

Desses companheiros,

Domiciliados transitoriamente na Terra.

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Serviço de irmãos para irmãos

Que pode ser realizado

Igualmente, no mundo,

Em simpósios de almas afins

Entre si,

Procurando as melhores soluções

Para os problemas

Do burilamento íntimo.

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Diante disso,

Nasceu este volume,

Sem idéias de superioridade,

Sem pretensões

E sem qualquer preocupação de ensinar.

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Se estas páginas simples te puderem ser úteis,

Estaremos a postos,

No intuito de agradecer-te

A atenção que nos dispensas,

Ao mesmo tempo

Em que rendemos

Graças a Deus.

Uberaba, 6 de maio de 1988

A Hora Vazia

André Luiz

Quando as mãos repousam, a mente é defrontada pelo problema da hora vazia.

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Se você procura a integração com o Divino Mestre, aprenda a utilizá-la.

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Pense no irmão enfermo que reclama Socorro espiritual e auxilie-o com as suas vibrações de carinho, se as circunstâncias lhe não favorecem a visita pessoal.

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Plante uma árvore benfeitora.

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Busque a companhia do livro edificante e tente fixar-lhe as lições.

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Tome um lápis e faça anotações que lhe sirvam à memória ou escreva alguma frase consoladora que possa contribuir na sementeira de reconforto e bom ânimo.

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Aproveite o ensejo para uma palestra em que você coopere na ressurreição do companheiro que caiu em desalento.

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Comente a grandeza do bem, evitando, no entanto, o diapasão do discurso solene, a fim de que você alcance a intimidade dos ouvintes e consiga renová-los.

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Medite, à frente da Natureza que oferece espetáculos prodigiosos da Sabedoria Divina, desde a casa minúscula da formiga até o firmamento cravejado de estrelas, recolhendo no imo do ser a essência imperceptível da instrução celestial.

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Fixe a atenção em tudo o que seja útil e nobre, bom e belo, e não se desvie, porque no repouso dos braços, quando chega o problema da hora vazia, os semeadores do mal encontram larga oportunidade ao plantio da discórdia e da incompreensão, junto do qual, você, imperceptivelmente, começará perdendo o tempo, complicando as próprias lutas e sombreando o caminho terrestre, para depois perder inutilmente a própria vida.

Além da Terra

Néio Lúcio

A transposição de plano para a nossa mente é muito morosa, considerando as necessidades de preparação que nos cabe, à frente da vida superior.

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Só a grande vida merece a grande morte.

Além da carne, não há libertação para quem não se liberta.

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O trabalho é desconhecido para quem não trabalha.

A Vida abundante, com relação à qual, tão claro foi Jesus nas lições da Boa Nova, apenas se revela ao coração que se devotou à vida intensa na prática do bem, desde aí.

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A união espiritual é uma luz somente para aquele que, ainda na carne, a procura.

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A nossa esfera aqui é, sobretudo, de continuação ao que, aí, teve começo.

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No círculo físico, as possibilidades de iniciar ou reiniciar são imensas.

Aqui, porém, pelo menos nas atividades vizinhas da Crosta Planetária, a lembrança, a memória e a ligação mental impõem prosseguimento.

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Assim sendo, tudo aqui é sono ou semi-inconsciência para quem não despertou para o trabalho ativo na matéria densa; desagrado para quem somente tratou de agradar-se no campo emocional menos construtivo do corpo; angústia para quem não exercitou a paciência, atenuando as próprias aflições e desânimo ou perturbação para quem não aceitou os benefícios da luta ou entravou a marcha dos que buscavam lidar e lutar com nobreza.

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Tudo lógico, vivo, natural.

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Nem poderia ser de outro modo.

Se vocês não criarem interesse de elevação espiritual para a “Terra Próxima’” o domicilio do Além será menos interessante que a “Terra de Agora” para vocês.

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É necessário reconhecer que os irmãos se encontram armados, na arena carnal, para muitas e valiosas conquistas.

Quem mais realizar com o bem, mais aquinhoado de dons divinos será fatalmente pelas forças que o representam.

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Não se esqueçam de que pensamento e ação simbolizam sementeira e crescimento. Os dias se encarregam de amadurecer os frutos, de acordo com a nossa plantação.

Amigo

Hilário Silva

Amigo devotado e mestre silencioso.

Atento dia e noite, auxilia em toda idade.

Nunca faz exigências e esclarece sem paga.

Se esquecido, nem por isso reclama e espera com paciência.

Desdenhado, não despreza, aguardando o dia próprio de fazer-se entendido.

E sempre que tornamos à paz de seu convívio, volve a falar conosco sem qualquer presunção.

Misto de ventura eterna e humildade sublime, conserva inalteráveis o poder da cultura e a força da semente.

Basta intentar-lhe alguém o concurso discreto e desfaz-se em auxílio.

Educa sem vaidade.

Ampara sem orgulho.

Levanta sem alarde.

Socorre sem ofensa.

Corrige-nos sem ralho e ensina sem barulho.

Sendo o cofre das leis, é bússola no lar.

Sendo flama de sol nos templos do saber, é luz na Escola humilde.

Esse amigo ideal, que a luta não corrompe e o tempo não altera, Deus no-lo concedeu sob o nome de LIVRO.

Honremos desse modo, a Dádiva Divina, colocando o Espiritismo nos caminhos do Livro para que o Livro Espírita enalteça o progresso e santifique o Bem.

As Três Sendas

Irmão X

Diante de Messino, o instrutor, a comissão espiritual de unidade religiosa examinava o caminho mais nobre para a integração com Deus.

A grande assembléia congregava estudiosos desencarnados de matizes diversos.

E a discussão prosseguia, calorosa e edificante.

Que ninguém se afadigasse. Tudo se acomodaria, por fim, no seio do Eterno, com a passagem dos milênios...

Outros pareceres, no entanto, salientavam-se, ponderados.

A devoção arredava o espírito da possibilidade de cair. Tanto quanto possível, a criatura deveria acolher-se à paz dos templos. À força de mentalizar Divina Bondade, o espírito acabaria por desviar a consciência, transferindo-a da Terra para as Esferas Superiores...

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Entretanto, diferentes opiniões se faziam ouvir.

Quem poderia esquecer os créditos da ação? E muitos companheiros advogavam a causa do esforço próprio, argumentando que se Deus esperava os em aperfeiçoamento, para se reunirem a Ele, é que decerto lhes reservava serviço na Criação.

Não seria, pois, mais que justo abreviar o serviço probatório?

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Messino, em silêncio, esperou que os ânimos serenassem e, quando a calma se espraiou no recinto, convidou os aprendizes a pequena excursão.

Em famoso museu terrestre, Messino parou, no que foi acompanhado pêlos discípulos.

Sem comentários, caminhou para certa vitrine, em que se via soberba coleção de brilhantes e falou, apontando três peças raras:

- Temos aqui três valores magníficos, procedentes de regiões diversas.

O primeiro é uma gota de beleza acrisolada no tempo. Gastou centenas de séculos, rolando nas artérias do continente africano. À custa de movimentação indiscriminada, perdeu a veste bruta em que se envolvia e foi colhida por hábil garimpeiro.

O segundo é qual se fora pequenino astro fulgente. Era um diamante que servira, por dezenas de séculos, em vários templos, desde que um mercador o ofereceu ao santuário de Amon, quando Tebas era a cabeça pensante do Egito.

Mudava de posição com a mudança de culto e, assim, de tempos a tempos, sofria leves alterações para adaptar-se a pertences da atividade religiosa, até que foi burilado de maneira total.

O terceiro, que mais se parece a um pingo de orvalho, invadido de sol, foi pedra escura, achada em mina vulgar, há menos de cinqüenta anos.

Comerciada, várias vezes, por mãos mercenárias, e tendo, em muitas ocasiões, adornado o colo de mulheres menos sensatas, foi, afinal, laboriosamente preparada por sábio esmerilador, vindo a figurar entre as pedras mais valiosas do mundo. Todas as três guardam agora consigo expressão idêntica, alinham-se na mesma glória cultural, em casa importante de uma das mais importantes nações da Terra.

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E, fitando-nos, benevolente, concluiu:

- Temos aqui o símbolo das três grandes sendas que conduzem a alma ao Eterno Amor e à Eterna Sabedoria: a evolução que pede inumeráveis milênios; a devoção, que exige dezenas de séculos, e a ação, que solicita, por vezes, simplesmente alguns anos... Como é fácil de observar, todas elas conduzem a Deus,- entretanto, quem deseje chegar à meta, em vigor de aproveitamento e oportunidade, escolha, sem vacilar, a trilha da ação. Ainda mesmo entre flagelações da vida moral, nessa estrada de luta alcançará mais depressa a comunhão com o Senhor, para servir-lhe a bondade e estender-lhe a vitória.

Diante da Caridade

Emmanuel

Em todos os temas da caridade, lembra-te de Jesus que jamais desistiu do culto incessante ao Eterno Bem.

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Recusado por aqueles mesmos que se diziam escolhidos para garantir-lhe a missão, aceita a estrebaria singela para o ingresso ã experiência dos homens.

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Incompreendido pelos sacerdotes, que se declaravam habilitados à interpretação das Leis Divinas, acolhe-se no lar de pescadores humildes, utilizando-lhes as possibilidades diminutas, para administrar a Boa Nova, em favor de sábios e ignorantes, justos e injustos.

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Negado por Simão Pedro, no lance mais difícil do apostolado, longe de condená-lo à reprovação, procura meios de reconduzi-lo indiretamente à responsabilidade e à confiança.

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Conhece a fraqueza de Judas e percebe-lhe as negociações infelizes, mas, nem por isso o expulsa do Cenáculo ou se furta a receber-lhe o ósculo de imaginário carinho.

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Crucificado e esquecido pelos amigos e beneficiários da véspera, não se volta em definitivo para o Céu, à distância das deserções e pedradas humanas, mas, sim retorna à comunidade dos aprendizes, ofertando-lhes, devotado, o sol da ressurreição.

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Escarnecido e odiado gratuitamente por Saulo de Tarso não se ofende perante a ironia e a crueldade, que o famoso doutor lhe lança à memória, e sim, reconhecendo-lhe as reservas de nobreza moral, vai ao encontro dele, pessoalmente, as portas de Damasco, trazendo-o, generoso, das trevas para a luz.

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Recorda o Mestre dos mestres e não olvides que a caridade, sem humildade e renúncia, é quase sempre flor ressequida, que o espinheiro da vaidade cobre e consome.

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Dar do que Deus nos empresta e auxiliar constantemente é simples dever, que nos cabe a todos, de vez que nenhum de nós consegue respirar sem a bênção do auxílio alheio.

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Caridade é o amor espontâneo e infatigável que colocamos em nossos menores gestos, para que a vida seja um cântico de progresso e alegria para todas as criaturas, exaltando em toda parte a eterna glória de Deus.

Doação Esquecida

Valérium

O homem desencarnou suplicando a assistência de que necessitava...

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Possuía fortuna...

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Contava com amigos numerosos...

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Desfrutava a máxima consideração social...

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Apoiava-se em excelente grupo doméstico...

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Entesourara primorosa cultura...

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Experimentara terapias diversas...

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Residia em confortável mansão...

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Efetuara muitas viagens de recreio e de cura...

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Movimentava largos cabedais de influência...

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Entretanto, o pobre companheiro provocou a própria morte, pedindo socorro...

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E tão só no Mais Além ficou registrado que o irmão menos feliz se rendera a semelhante violência contra si mesmo pela falta de coragem de ser como a vida lhe pedia que fosse e de aceitar as circunstâncias da existência que a Eterna Sabedoria lhe confiara para que realizasse, no mundo, o melhor que poderia fazer...

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Amigo, em suas boas obras, inclua o donativo quase sempre esquecido da coragem, porque milhares de companheiros nossos na Terra aguardam, ansiosamente, o apoio da esperança, a fim de que possam aprender a trabalhar, lutar e vive

Dúvidas

Irmão X

Afirma você que passou a experimentar inqualificável flagelo íntimo, desde que iniciou o desenvolvimento das faculdades medianímicas, à face das dúvidas que lhe assaltam a vida. E acrescenta que, em seu grupo, a maioria dos companheiros descrê de suas palavras, enquanto os amigos lhe metem a ridículo as informações que consegue recolher da Espiritualidade.

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Enunciando desapontamentos e embaraços, você conclui: “vale a pena continuar sofrendo tamanhas desilusões? Não será um serviço prematuro esse, em que somos defrontados, a cada instante, pela negação sistemática, a partir daqueles que mais amamos”?

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Estimaria alinhar opiniões e argumentos que lhe extirpassem de imediato as atribulações da cabeça, mas, estamos todos, encarnados e desencarnados, em luta evolutiva na Terra, sob a carga dos problemas alusivos ao nosso resgate de consciências endividadas perante a Lei.

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Você ai, tanto quanto nós padece o desafio constante das dificuldades que lhe dizem respeito ao aprimoramento da alma, e, sinceramente, não dispomos de receituário para a sua doença, além daquele que nos é formulado pelos princípios cristãos no capítulo em que nos aconselham desculpa incondicional para toda ofensa.

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Ouso, contudo lembrar-lhe a história de “alguém” que passou pelo mundo, suportando aflições maiores que as nossas.

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Ninguém tolerou, até hoje, as afrontas que lhe foram atiradas em rosto, em matéria de injúria e desconfiança.

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Nascido para o desempenho de celeste missão foi anunciado aos parentes pela visita dos anjos.

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Dele, tradições numerosas forneciam testemunho incessante ao ânimo popular.

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Mensagens e visões indicaram-lhe a vinda aos familiares maravilhados e, mesmo assim, não apareceu quem se animasse a oferecer-lhe um cubículo em casa para nascer, a ponto de, renegado por toda a gente, refugiar-se entre os animais.

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Desenvolvendo-se ao lado de um primo, considerado profeta de grande merecimento, com quem se iniciou no alto ministério de que estava incumbido foi depois por ele interpelado quanto à veracidade de sua investidura.

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De censuras e sarcasmos dos principais de seu tempo nem é preciso falar. Basta dizer que foi corrido por todos eles qual se fosse idiota, circunstância que o obrigou a asilar-se entre pescadores e homens rudes de singelo rincão. Todavia, mesmo entre estes, embora andasse, de contínuo, fazendo o bem, restaurando enfermos e ensinando a verdade, recolheu azedume infamante. Um deles, situando-lhe em dúvida o serviço divino, abocanhou dinheiro para denunciá-lo à justiça como agitador perigoso, conduzindo-o à prisão.

Dos agentes da autoridade, os quais procurou respeitar, teve o cárcere por resposta, e do povo, de quem curara chagas e extinguira infortúnios, recebeu o tratamento devido a uma fera solta.

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Dos amigos diletos, um dos mais nobres negou conhecê-lo por três vezes numa só noite, e todos fugiram, envergonhados e atônitos, quando lhe viram a decisão de se entregar à morte na cruz como supremo recurso de resistência perante o mal.

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Nem por isso, no entanto, abandonou os companheiros e os acusadores gratuitos no charco da ignorância, regressando, depois da morte, para auxiliá-los em perpetuidade de entendimento.

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Esse “alguém” meu amigo, como claramente já percebeu, foi Jesus Cristo, o Divino Governador da Terra.

Regozijar-nos-emos se o que a ele aconteceu puder servir para seu esclarecimento e conforto; mas, se você não conseguir edificar-se em tão sublime exemplo, a única solução será desistir lamentavelmente da sua oportunidade de cooperar na sementeira da luz divina, assentando-se na cinza da frustração, até que o tempo lhe renove a visão, no Universo de Deus.

Efeitos do Livro Espírita

Albino Teixeira

Alguns dos efeitos do livro espírita evangélico, lido e aplicado em diversos setores da experiência humana, tais quais sejam:

no sentimento - renovação;

no raciocínio - lógica;

na palavra - dignidade;

no trato - gentileza;

nas relações - amor fraterno;

nos compromissos - lealdade;

no lar-entendimento;

na família - amparo mutuo;

na sociedade - compreensão;

na equipe - entrosagem;

na solidão - companhia;

na ciência - responsabilidade;

na filosofia - critério;

na religião - discernimento;

na arte - elevação,-

no trabalho - rendimento;

na luta-altruísmo;

na profissão - eficiência;

no estudo - orientação;

no repouso - segurança;

na distração - proveito;

na queda - reerguimento;

no remorso - reajuste;

na tentação - defesa;

na alegria - temperança;

na dor - paciência;

na prova - reconforto;

na aflição - alívio;

no abatimento - esperança;

na mocidade - guia;

na velhice - apoio;

na saúde - preservação;

na doença - remédio;

na fraqueza - força;

na angústia - socorro;

na morte - vida imperecível.

Em todas as situações, o livro espírita-crístão é caridade e serviço, e, onde estejam o serviço e a caridade, aparece o auxílio positivo, tanto aos outros quanto a nós

Em Louvor do Livro

Irmão X

Estranha você, meu irmão, que os Espíritos desencarnados façam coro com os intelectuais de nosso tempo, devotando-se ã organização de livros que concorram no mercado das idéias e das letras e acrescenta:

- "Não precisamos de novos livros e sim de mãos e pés, consagrados à caridade positiva, a fim de que os famintos e os doentes, os desabrigados e os infelizes tenham alimento e remédio, casa e consolo."

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Francamente, não somos contrários ao seu programa.

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Acreditamos, com o Apóstolo, que a fé sem obras é um cadáver bem adornado; entretanto, admitimos que você não é justo para com a sementeira da educação.

Que seria do mundo sem a bênção do livro? Existiria, acaso, qualquer civilização sem ele?

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Veículo do pensamento, confia-nos a luz espiritual dos grandes orientadores do passado.

Graças a ele, Hermes e Moisés, Sócrates e Platão acham-se vivos na Terra, com a mesma sabedoria e com a mesma sublimidade do momento remoto em que passaram entre os homens.

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Reporta-se você, muitas vezes, ao necessário movimento da piedade cristã; contudo, que seria do Cristianismo sem o Evangelho registrado em caracteres de forma?

Realmente, o nosso Divino Mestre, segundo recorda a sua palavra conselheiral, não escreveu qualquer pergaminho destinado à posteridade; no entanto, não parece haver desconhecido o valor do ensinamento repetido e multiplicado. Não foi o próprio Jesus que recomendou, certa vez, aos aprendizes:

“Ide e pregai o Evangelho a todas as nações”?

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Diz você, com veemência e austeridade:

- “Cristo não necessita de propaganda. Cristianismo é caridade”.

Que a Boa Nova é amor santificante, em ação, não duvidamos; mas, ao que se nos afigura, Jesus não subestimou a propaganda, quando esteve pessoalmente entre nós. Se efetivamente multiplicou os pães e os peixes no monte, se curou leprosos e cegos, obsediados e paralíticos, em nenhuma circunstância menosprezaram a pregação do Reino de Deus. Depois da Ressurreição, quando os trabalhos da caridade já funcionavam harmoniosamente em Jerusalém, ei-lo que volta das Esferas Celestiais, em pessoa. Para encher novos cestos de saborosa vianda ou para transformar a água em vinho, satisfazendo aos caprichos do povo? Não. Regressava o Senhor, a fim de chamar Paulo de Tarso, nominalmente, para atender à extensão dos serviços evangélicos, comprometidos pelo acúmulo das obras de alimentação e assistência hospitalar.

E diga-se, com franqueza, com toda a reverência aos demais componentes do colégio apostólico, que a Boa Nova não encontraria mais digno agente de publicidade que aquele sincero e intransigente Doutor da Lei, convocado por Jesus, às portas de Damasco, para a distribuição ativa dos princípios salvadores.

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É pelo concurso do livro que o Senhor e seus continuadores diretos se comunicam com os discípulos contemporâneos.

Através dos serviços gráficos, recebemos as interpretações renovadoras do ensinamento cristão para todos os climas culturais da atualidade. E não fosse a cooperação do livro, que seria da religião, da ciência, da filosofia, da política, da técnica industrial, da arte e da socialização?

O posto da caridade que alimenta e agasalha é, indubitavelmente, sublime; mas sem a colaboração direta e eficiente da escola que educa e aperfeiçoa, pode converter-se em tutela da ociosidade e do vício.

A sua imagem das mãos e dos pés, imprescindíveis à materialização do socorro fraterno, traz-me à lembrança a necessidade de lâmpadas numerosas para as sombras da noite. Quando a treva se estende, é imperioso que as acendamos; mas, se não houver usina que as sustente, de que nos valeria a elevada expressão em que se alinham?

Quando a dor alonga os tentáculos da aflição sobre a vida, de que nos serviriam milhões de mãos e pés, sem equilíbrio, sem orientação adequada, sem ideal edificante ou sem estímulo ao bem?

Decididamente, você dispõe do amplo direito de proteger a benemerência pública, onde, como e quando você quiser; entretanto, meu amigo, para ser caridoso também conosco, não menoscabe o livro como instrumento de educação.

Em Torno do Mestre

Irmão X

Dez opiniões, em torno de Jesus nas revelações do Velho Testamento, dos Evangelhos e da Doutrina Espírita.

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1 - De Isaías:

“Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito...”

Isaías, 53:11

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2- Do Mensageiro Angélico:

“Não temais; eis que vos trago novas de grande alegria que o será para todo o povo, pois, hoje, na cidade de David vos nasceu o Salvador, que é o Cristo Senhor.”

Lucas, 2:10-11

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3- De João Batista:

“Eis o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo.”

João, 1:29

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4- De Nicodemos:

“Rabi, sabemos que és Mestre, vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele:’

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5- De Simão Pedro:

“Tu és o Cristo, filho de Deus vivo.”

Mateus, 16:16

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6- De Pilatos:

“Não vejo neste homem culpa alguma.”

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7- De Allan Kardec:

“Mas o papel de Jesus não foi o de um simples legislador moralista, tendo por exclusiva autoridade a sua palavra. Cabia-lhe dar cumprimento às profecias que lhe anunciaram o advento; a autoridade lhe vinha da natureza excepcional do seu Espírito e da sua missão divina.”

Item 4, do Cap.I do “ Evangelho Segundo o Espiritismo

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8 - Do Espírito de Verdade:

“Jesus-Cristo é o vencedor do mal...”

Item 5, do Cap. VI, do “Evangelho Segundo o Espiritismo”

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9- Do Espírito de Fenelon:

“Um dia, Deus em sua inesgotável caridade, permitiu que o homem visse a verdade varar as trevas. Esse dia foi o do advento do Cristo.”

Item 10, do Cap. I, do “Evangelho Segundo o Espiritismo”.

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10 - E tendo Allan Kardec formulado a seguinte pergunta ao Mundo Espiritual: “Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo”?. Os Espíritos Instrutores que orientaram a Codificação Kardequiana responderam:

“JESUS.”

Questão nº. 625, do “Livro dos Espíritos.”

Estudo e Verdade

Emmanuel

O "homem velho", agarrado aos impulsos da animalidade primitiva, será sempre um monumento de incompreensão.

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Ensina a paz, fomentando a guerra; fala em amor, praticando o ódio; prega a concórdia, incentivando a desunião entre as criaturas. Onde a sua atitude, no entanto, é das mais absurdas, é no terreno da verdade, como base à fé viva.

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Ele paga o aluguel da casa que lhe abriga o corpo.

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Liquida mensalmente os débitos da luz elétrica.

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Adquire com esforço o comprimido que lhe atenua a dor de cabeça.

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Recompensa o palhaço que lhe desopila o fígado.

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Remunera o rapaz do hotel que lhe serve a mesa.

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Compra bilhetes de trem e passagens de ônibus.

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É obrigado a saldar as contas do armazém e da lavadeira, se não quer passar fome e respirar a imundície.

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Adquire, a preço alto, os próprios prazeres baixos do instinto, que lhe desgastam a saúde, desfiguram o caráter agravam a cegueira.

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Entretanto, exige a verdade sem esforço próprio, a iluminação espiritual' sem trabalho de elevação íntima.

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Paga o prato de batatas no plano inferior e reclama, gratuitamente, a luz eterna, como se o conhecimento divino fosse prêmio à ociosidade.

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É por isso que a perturbação se estabelece para os invigilantes, quando se cogita de observar a verdade, em meio da multidão.

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Se a dúvida pode significar um estado superior para a mentalidade científica, é, também, no campo da fé, um limite justo à incapacidade espiritual.

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Os que não trabalham no mundo da carne são indignos do pão do corpo.

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Os ociosos do entendimento não são dignos do pão do espírito.

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Por esse motivo, observando a verdade, aquele que a investiga, inconscientemente, toma de sua palavra sem sons articulados e repete, em silêncio, a frase dos antigos: - "não vá, sapateiro, além das sandálias".

Fala Amparando

Meimei

Quando estiveres a ponto de condenar alguém, lembra-te de ti mesmo.

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Quantas vezes terás ferido, quando te propunhas auxiliar.

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Muitos daqueles que povoam as penitenciárias, dariam a própria vida para que o tempo recuasse, propiciando-lhes ensejo de se fazerem vítimas ao invés de verdugos...

Prefeririam cegueira e mudez no instante de vazarem a acusação ou extrema paralisia na hora da violência.

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E qual acontece aos irmãos segregados no cárcere, quantas criaturas carregam enfermidade e frustração nas grades mentais do arrependimento tardio?

Trajam-se em figurino recente e conservam a bolsa farta, mas, por dentro trazem desencanto e remorso por fogo e cinza no coração.

Supõem-se livres, no entanto, jazem presas, intimamente, na cela da angústia em que enjaularam a própria alma, por não haverem calado a frase cruel no momento oportuno.

Poderiam ter evitado o desastre moral que lhes dói na lembrança, contudo, por se acomodarem à impaciência, atearam o incêndio que resultou em loucura e destruição.

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Não sirvas vinagre e fel à mesa da própria vida.

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Onde surpreendas perturbação e sombra estende o socorro da paz e o benefício da luz.

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Compadece-te dos ingratos e desertores, quanto te condóis dos que passam sob teus olhos, mutilados e infelizes.

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Ninguém praticaria o mal se, antes, lhe conhecesse o fruto amargoso.

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Compreendamos para que sejamos compreendidos.

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Agora, talvez, poderás censurar os erros dos semelhantes.

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Amanhã, porém, mendigarás o perdão dos outros pelos teus desatinos.

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Entrega a aflição de cada dia ao silêncio de cada noite.

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Lembra-te de que, por maiores tenham sido os desregramentos da Humanidade na Terra, o Céu nunca fez coleções de nuvens para amaldiçoar ou punir, mas sim, cada manhã, acende o brilho solar por mensagem bendita de tolerância e de amor, endereçando aos homens a esperança infatigável de Deus.

Fraternidade

Nina

Ano Novo sempre sugere um balanço de nossas relações com o tempo.

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Quantas promessas não cumpridas!...

Quantos planos frustrados!...

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E aqueles que já se deixaram registrar no livro divino da responsabilidade perante Deus, fazem contas com a própria consciência, renovando votos de serviço, compreensão, devotamento e renúncia...

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Se desejamos, porém, penetrar o segredo das horas, com a realização de nossas esperanças mais elevadas e com a execução gradual de nossos projetos, necessitamos de algo que nos modifique, à frente dos semelhantes, que nos suavize as atitudes, que nos traga correntes de simpatia, que nos inspire o trabalho incessante e digno e que nos alimente o espírito em mais altos padrões de serviço e confiança.

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Esse algo, meus irmãos, é a fraternidade profundamente sentida e sinceramente vivida, que auxilie nossa alma, incentivando-a no bem, porque sem fraternidade, há sempre gelo e sombra, indiferença e aspereza no santuário do coração

Lembra-te Deles

Scheila

Lembra-te deles, os chamados mortos que embora invisíveis, não se fizeram ausentes...

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Compadece-te daqueles que passaram no mundo sem realizar os sonhos de bondade que lhes vibraram no seio e volve o coração reconhecido para quantos te abençoaram a existência com alguma nota de amor.

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Eles avançam para a vanguarda...

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Muitas vezes, quando menos felizes, esmolam-te o reconforto de uma oração e, vezes outras, mergulham as dores que os afligem na taça de teu pranto, sequiosos de paz e libertação...

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Outros muitos, porém, quais aves triunfantes nas rotas da Eternidade, buscam-te o coração por ninho de afeto que o tempo não destruiu, envolvendo-te o ser no calor de branda carícia para que o desânimo não te entorpeça a faculdade de caminhar...

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Lembra-te deles e guarda-lhes a lição.

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Ontem, apertavam-te nos braços, partilhando-te a experiência.

Hoje, transferidos de plano, colhem os frutos das espécies que semearam.

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Aguça a audição mental e ouvirás o coro de vozes em que se pronunciam. Todos rogam-te esperança e coragem, alargando-te os horizontes. E todos se lembram igualmente de ti, desejando aproveites a riqueza das horas na construção do bem para a doce morada de tua porvindoura alegria, porque, amanhã, estaremos todos novamente reunidos no Lar da União Sublime, sem lágrimas e sem morte.

Livros

Meimei

Viviam os homens acomodados à floresta, quais símios ferozes, renhindo as unhas sanguinolentas. Ergueram-se os primeiros livros de pedra, sugerindo a organização, e a barbárie passou a ser combatida.

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Eram atormentados que a fome retinha em conflito incessante. Apareceram os livros de agricultura e transporte, consumindo gradativamente o flagelo.

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Caíam vitimados, sem remissão, por epidemias vorazes. Os livros de medicina afloraram, vitoriosos, no mundo, e a peste foi suprimida.

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Refugiavam-se em malocas humilhantes, pelo empirismo que lhes entorpecia a cabeça. Vieram os livros da indústria e usaram as mãos com inteligência e habilidade.

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Sofriam atraso no entendimento recíproco. Desdobraram-se os livros de alfabetização e a escola dissipou a noite da ignorância.

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Distanciavam-se uns dos outros.

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Formaram-se livros propagando o intercâmbio, e o consórcio mundial destruiu o insulamento.

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Cultivavam a escravidão entre si, reduzindo os semelhantes à condição das bestas de carga. Multiplicaram-se os livros da justiça e o cativeiro foi abolido.

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Mantinham a mulher na categoria dos animais. Espalharam-se os livros da compreensão fraterna e a mulher renteou com eles no direito de escolher o próprio caminho.

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Respiravam absolutamente chumbados ao solo. Divulgaram-se os livros da navegação aérea e principiaram a conquista do espaço.

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Compreendendo, porém, que os livros da libertação exterior não conseguiriam quebrar as algemas das paixões subalternas que encadeiam as criaturas nas trevas da alma, trouxe-lhes Jesus, em pessoa, o código da libertação íntima, com os livros do Evangelho, instituindo o reino de Deus em cada coração.

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Ainda assim, os homens criaram facções e grupos, seitas e círculos, preconceitos e ilusões, nos quais, apesar dos séculos transcorridos, continuaram acalentando a guerra fria e quente, declarada e oculta do egoísmo e da vaidade, da opressão e do orgulho, da crueldade e da usura, do crime e da violência, da rebelião e do vício, muitas vezes em nome do próprio Cristo. Surgiram, então, na Terra, os livros da Doutrina Espírita, revivendo o pensamento libertador do Mestre Divino, consolando e instruindo, com a exaltação do amor puro e com a fé raciocinada, demonstrando a reencarnação por instituto imprescindível do progresso e ensinando que a alma, em qualquer posição, é responsável pelos próprios destinos...

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Como é fácil de observar, os livros nobres são, em todos os tempos, as forças renovadoras e educativas da Humanidade; no entanto, é imperioso reconhecer que sustentar hoje a expansão e a dignidade do livro espírita é iluminar o espírito humano, em plenitude de felicidade e emancipação, para sempre

Na Grande Batalha

Néio Lúcio

Imaginem vocês a vida física, como sendo uma vanguarda compacta de luta, em linhas enormes de soldados que orçam por alguns bilhões de elementos individuais.

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Nessa frente, o atrito é uma corrida ao prêmio que nomeamos por "evolução", "redenção" ou "sublimação".

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O trabalho do espírito, sempre mais fácil de ser realizado no setor da experiência, dentro das condições de encarnado, é uma concorrência de aspecto gigantesco à conquista de valores imperecíveis para a alma eterna. E as esferas imediatas, mais próximas à mente do homem, nesse caso, representam simbolicamente a retaguarda de abastecimento e de luz.

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Cada desencarnação é o regresso de um lutador, mas, qual ocorre nas batalhas, que vocês conhecem aí, o número dos desajustados e dos loucos atinge esmagadora percentagem sobre a quota reduzida dos heróis.

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Habitualmente, na Terra, quem volta do combate é candidato infalível ao hospital, onde atende às mutilações e às chagas por tempo indefinido.

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Quem retorna do círculo carnal igualmente traz consigo dificuldades enormes.

Quase sempre, a mente que transitou nos caminhos terrestres volta para o "nosso lado" mais ou menos presa a entes amados que permanecem a distância, a sentimentos inconfessáveis, a objetos inferiores, respirando entre desilusões intraduzíveis, desacertos numerosos, doenças convertidas em vícios do pensamento, caprichos menos construtivos, perturbações da visão interna, compromissos pesados com determinados seres, inibições que se tornaram sistemáticas, cristalizações do raciocínio que se fizeram contumazes, opiniões endurecidas no tempo, preconceitos transformados em impedimentos ao verdadeiro progresso, temores infundados, medo das renovações, dificuldades à compreensão, defeitos de observação mágoas que atormentam incessantemente e um sem número de alterações íntimas que nos dão a idéia de reencontrar nos recém-chegados da Terra verdadeira legião de "soldados enfermos" exigindo-nos amparo, carinho e medicação.

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E os milhões de criaturas em semelhante estado mental reclamam providências enérgicas nos setores da assistência, da reeducação e da reencarnação como, por enquanto, não podem vocês avaliar.

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Até que entesouremos em nós mesmos a "consciência sublimada", que vocês no mundo designam por "santificação", há muitas e muitas léguas que andar nos domínios do trabalho e da experiência.

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Por mais sacrificial e movimentada seja a nossa vida no corpo, se realmente acordamos para a verdade, afeiçoemo-nos à posição de legionários da boa vontade, estudando e servindo, auxiliando a todos e aprimorando-nos, quanto possível, porque a armadura de carne se desintegrará e o tempo nos reconduzirá à retaguarda, onde se fixarão em nossa alma o prêmio, a perturbação ou a derrota que houvermos adquirido por nós mesmos.

No Estudo da Verdade

Emmanuel

O “homem velho”, agarrado aos

Impulsos da animalidade primitiva, será

Sempre um momento de incompreensão.

*

Ensina a paz, fomentando a guerra;

Fala em amor, praticando o ódio; prega a

Concórdia, incentivando a desunião entre

As criaturas. Onde a sua atitude, no

entanto, é das mais absurdas, é o terreno

da verdade, como base à fé viva.

*

Ele paga o aluguel da casa que lhe abriga o corpo.

*

Liquida mensalmente os débitos da luz elétrica.

*

Adquire com esforço o comprimido que lhe atenua a dor de cabeça.

*

Recompensa o palhaço que lhe desopila o fígado.

*

Remunera o rapaz do hotel que lhe serve a mesa.

*

Compra bilhetes de trem e passagens de ônibus.

*

É o obrigado a saldar as contas do

armazém e da lavanderia, se não quer

passar fome e respirar a imundície.

*

Adquire, a preço alto, os próprios

prazeres baixos do instinto, que lhe

desgastam a saúde, desfiguram o caráter e

agravam a cegueira.

*

Entretanto, exige a verdade sem

Esforço próprio, a iluminação espiritual

sem trabalho de elevação íntima.

*

Paga o prato de batatas no plano

inferior e reclama, gratuitamente, a luz

eterna, como se o conhecimento divino

fosse prêmio à ociosidade.

*

É por isso que a perturbação se

estabelece para os invigilantes, quando se

cogita de observar a verdade, e meio da multidão.

*

Se a dúvida pode significar um estado

superior para a mentalidade científica, é,

também, no campo da fé, um limite justo

à incapacidade espiritual.

*

Os que não trabalham no mundo da

carne são indignos do pão do corpo.

*

Os ociosos do entendimento não são

dignos do pão do espírito.

*

Por esse motivo, observando a

verdade, aquele que investiga,

inconscientemente, toma de sua palavra

sem sons articulados e repete, em silêncio,

a frase dos antigos: - “não vá, sapateiro, além das sandálias”.

Nunca Sem Esperança

Meimei

Nunca percas a esperança.

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Se o pranto te encharca a existência, recorre a Deus no exercício do bem e acharás Deus nas entranhas da própria alma, a propiciar-te consolo.

-o-

Se sofres incompreensão, auxilia ainda e sempre aos que te não entendem e encontrarás Deus no imo do próprio espírito, a fortalecer-te com o bálsamo da piedade pelos que se desequilibram na sombra.

-o-

Se te menosprezam ou te injuriam, guarda-te em silêncio no auxílio ao próximo e surpreenderás Deus no íntimo de teus mais íntimos pensamentos prestigiando-te as intenções.

-o-

Se te golpeiam ou censuram, cala-te edificando a felicidade dos que te rodeiam e Deus falará por ti na voz inarticulada do tempo.

-o-

E, se erraste, não tombes em desespero, mas, trabalhando e servindo receberás de Deus a oportunidade da retificação e da paz.

-o-

Sejam quais forem as aflições e problemas que te agitem a estrada, confia em Deus, amando e construindo, perdoando e amparando sempre, porque Deus, acima de todas as calamidades e de todas as lágrimas, te fará sobreviver, abençoando-te a vida e sustentando-te o coração.

Nunca Perca as Esperanças

Meimei

Se o pranto te encharca a existência, recorre a Deus no exercício do bem e acharás Deus nas entranhas da própria alma, a propiciar-te consolo.

Se sofres incompreensão, auxilia ainda e sempre aos que te não entendem e encontrarás Deus no imo do próprio espírito, a fortalecer-te com o bálsamo da piedade pelos que se desequilibram na sombra.

Se te menosprezam ou te injuriam, guarda-te em silêncio no auxílio ao próximo e surpreenderás Deus no íntimo de teus mais íntimos pensamentos, prestigiando-te as intenções.

Se te golpeiam ou censuram, cala-te edificando a felicidade dos que te rodeiam e Deus falará por ti na voz inarticulada do tempo.

E, se erraste, não tombes em desespero, mas, trabalhando e servindo receberás de Deus a oportunidade da retificação e da paz.

Sejam quais forem as aflições e problemas que te agitem a estrada, confia em Deus, amando e construindo, perdoando e amparando sempre, porque Deus, acima de todas as calamidades e de todas as lágrimas, te fará sobreviver, abençoando-te a vida e sustentando-te o coração.

Oração do Trabalho

Batuíra

Senhor!

Deste-nos o trabalho por sustento da vida.

Concede-nos, por misericórdia, mais trabalho com que nos dirijamos dentro da segurança precisa para a Vida Maior.

-o-

Nas horas difíceis faze-nos trabalhar com mais eficiência, para que o obstáculo se nos converta em lição.

-o-

Nos momentos felizes, auxilia-nos a trabalhar com mais devotamento ao serviço, aumentando a alegria dos outros.

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Quando a carência apareça, induze-nos ao trabalho necessário para que o trabalho em nosso coração e em nossas mãos se transforme nos recursos de que necessitemos a fim de cumprir-te os desígnios.

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Quando a prosperidade nos visite, orienta-nos na manutenção do trabalho mais amplo, para que a felicidade de todos se nos erija contigo em meta por atingir.

-o-

No instante em que o erro nos assinale a marcha, auxilia-nos a trabalhar na retificação que nos assegure o reequilíbrio; e sempre que, em teu amor, pudermos manter o passo em rumo certo, reveste-nos as possibilidades com as bênçãos do trabalho para que não nos precipitemos nas aventuras ou nos riscos inúteis, que nos acenem além das margens, suscetíveis de nos ensombrarem a esperança de servir-te e a coragem de acompanhar-te.

-o-

Em todos os instantes, em todas as situações, com todas as criaturas, diante de quaisquer problemas, à frente de quaisquer lutas, perante todas as ocorrências da estrada e em todas as nossas experiências, por dentro e por fora de nós, jamais nos arredes do trabalho, Senhor, porque é no trabalho que possuiremos o sentido real de tua vontade e será sempre no trabalho que disporemos, sem vacilação e sem dúvida, sem desânimo e sem esmorecimento, da direção exata a fim de buscar-te, cada dia, até que possamos identificar-nos finalmente contigo, para viver em ti e no trabalho que te define e te representa na, paz e na elevação de todos, agora e para sempre.

Perante Allan Kardec

Emmanuel

Disse o Cristo: “Há muitas moradas na casa do Pai:’”

Sem Allan Kardec não perceberíamos que o Mestre relaciona os mundos que enxameiam na imensidade cósmica, a valerem por escolas de experiência, nos objetivos da ascensão espiritual.

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Disse o Cristo: “Necessário é nascer de novo.”

Sem Allan Kardec, não saberíamos que o Sublime Instrutor não se refere à mudança íntima da criatura, nos grandes momentos da curta existência física, e sim à lei da reencarnação.

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Disse o Cristo: “Se a tua mão te escandaliza corta-a; ser-te-á melhor entrar na vida aleijado que, tendo duas mãos, ires para o inferno.”

Sem Allan Kardec, não concluiríamos que o Excelso Orientador se reporta às grandes resoluções da alma culpada, antes do renascimento no berço humano, com vistas à regeneração necessária, de modo a não tombar no sofrimento maior, em regiões inferiores ao planeta terrestre.

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Disse o Cristo: “Quem vier a mim e não deixar pai e mãe, filhos e irmãos, não pode ser meu discípulo.”

Sem Allan Kardec, não reconheceríamos que o Divino Benfeitor não nos solicita a deserção dos compromissos para com os entes amados e sim nos convida a renunciar ao prazer de sermos entendidos e seguidos por eles, de imediato, sustentando, ainda, a obrigação de compreendê-los e servi-los por nossa vez.

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Disse o Cristo: “Perdoai não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes.”

Sem Allan Kardec, não aprenderíamos que o Mestre não nos inclina à falsa superioridade daqueles que anelam o reino dos céus tão somente para si próprios, e sim nos faz sentir que o perdão é dever puro e simples, a fim de não cairmos indefinidamente nas grilhetas do mal.

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Disse o Cristo: “Conhecereis a verdade e a verdade vos fará livres.”

Sem Allan Kardec, desconheceríamos que o raciocínio não pode ser alienado em assuntos da fé e que a religião deve ser sentida e praticada, estudada e pesquisada, para que não venhamos a converter o Evangelho em museu de fanatismo e superstição.

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Cristo revela.

Kardec descortina.

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Diante, assim, do Três de Outubro que nos recorda o natalício do Codificador, enderecemos a ele, onde estiver, o nosso preito de reconhecimento e de amor, porquanto todos encontramos em Allan Kardec o inolvidável paladino de nossa libertação.

Perdoar e Esquecer

Agar

Perdoar e esquecer são as duas chaves da paz.

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Se o seu carinho não encontra eco na paisagem ambiente, desculpe e olvide a indiferença do meio e avancemos para diante, ao encontro de novas realizações.

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Se o seu trabalho não consegue a retribuição dos que lhe seguem os passos no grande caminho, perdoe e esqueça, a fim de que a sua boa vontade frutifique em alegria e progresso.

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Se o seu sacrifício não recolhe a compreensão dos outros, desculpe e olvide, perseverando no bem, porque o bem situar-lhe-á o espírito na vanguarda de luz.

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Perdoar é o segredo sublime do triunfo na subida para Deus e esquecer o mal é harmonizar nossa alma com as criaturas, habilitando-nos à solução de todos os problemas.

Desprendamo-nos de tudo aquilo que na Terra constitua prisão para nossa alma, perdoando e esquecendo sempre, e encontraremos o caminho interior da Grande Ascensão.